Com a
queda do avião malaio surgiram sensacionalistas e sanguinários. Os
primeiros advogam que a cura da Aids estaria no avião, manifestando um
completo desconhecimento sobre como se dá o processo científico. Os
segundos são, talvez, moralmente os piores: queriam que os políticos
brasileiros fossem mandados para um voo da morte.
O ímpeto de querer substituir pessoas mortas em uma acidente por outras
pessoas revela bastante sobre como o indivíduo entende coisas morais:
provavelmente ele pouco se distingue quanto aos atos do tal político que
ele despreza; comete a ignorância de dizer que todas as pessoas
públicas criam um grupo perfeitamente homogêneo e a cegueira da
incapacidade de reconhecer políticos honestos e competentes.
Um provável diagnóstico do pessoal com desejo sanguinário: mais impopular do que a política brasileira é a ignorância sobre o que é direitos básicos. Supondo que a piadinha tenha alguma graça, a ideia que explodir um boeing lotado de políticos fosse resolver alguma coisa só teria alguma eficácia (sic) se antes o próprio proponente disso fosse capaz de se distinguir moralmente daquele que ele mesmo abomina.
Um provável diagnóstico do pessoal com desejo sanguinário: mais impopular do que a política brasileira é a ignorância sobre o que é direitos básicos. Supondo que a piadinha tenha alguma graça, a ideia que explodir um boeing lotado de políticos fosse resolver alguma coisa só teria alguma eficácia (sic) se antes o próprio proponente disso fosse capaz de se distinguir moralmente daquele que ele mesmo abomina.
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