sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O bom, o mau e o feio

*O BOM

No final de 2013, a Suécia fechou quatro presídios. O motivo: Um declínio no número de presos. E apenas 0,2% têm menos de 18 anos. Além disso, desde a década de 70 só houve dois casos de corrupção política na Suécia.

A Noruega tem uma taxa de reincidência dos criminosos em torno de 20%. A Noruega -- bem como a Alemanha e também a Suécia --, apresenta uma taxa de homicídio que não ultrapassa o valor de 1 por 100.000 habitantes.


*O MAU


Mesmo alguns países de primeiro mundo não conseguem lidar adequadamente com a criminalidade. Nos Estados Unidos, a reincidência de crimes atinge assustadoramente 60%. No Brasil, um país alegadamente em franco desenvolvimento, estima-se que a reincidência seja de 70%. A taxa de homicídios supera o valor de 20 por 100.000 habitantes (20 vezes maior que o país escandinavo) e o número de presos ultrapassa 270 por 100.000 habitantes (4 vezes maior que o país escandinavo).



*O FEIO


Naturalmente que combater criminalidade e corrupção é um projeto de longo prazo. As causas são múltiplas e não existem soluções fáceis. De qualquer forma, é sintomático o que acontece em alguns grupos aqui no Brasil. Pessoas sedentas por sangue que, muitas vezes, admiram os países supracitados -- mas fazem pouco para entendê-los melhor. São defensores de políticas que estão na contramão das ações praticadas pelos países mais pacíficos do mundo, como a redução da maioridade penal, o combate violento ao consumo drogas e o aumento do número de prisões. Aplaudem o autoritarismo ao serem cúmplice das mensagens genocidas do tipo "bandido bom é bandido morto".
São incapazes de reconhecer que impulsos possessivos levam a competição de forças, e portanto são vetores de um ciclo interminável de destruição e sofrimento. Em suma: Confundem vingança com justiça. Ignoram quando evidências apontam que violência e corrupção podem ser combatidas com maior dedicação para com a educação, transparência política e igualdade social. E que truculência policial, abuso de poder e encarceramento punitivo são respostas ineficazes para os problemas sociais.

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