domingo, 24 de maio de 2020

No capítulo "Fatos e Falácias Masculinos e Femininos" do livro Fatos e Falácias da Economia, o Thomas Sowell reconhece a observação factual que durante a maior parte da história, as mulheres ganharam menos do que os homens. Sowell é sagaz suficiente para discutir as tentativas de explicar esse fenômeno. Reconhece a possibilidade da discriminação, mas também ressalta outras variáveis necessárias para a análise, como a comparação entres mulheres e homens comparáveis em termos de educação, habilidades, experiência, permanência em emprego e trabalho em período integral ou em meio período. Desnecessário dizer, mas o economista apresenta toda a sua argumentação com várias evidências empíricas. Ao término do capítulo, é inevitável a sensação que aquela história contada pelas feministas de "diferença salarial" devido unicamente a discriminação é propaganda falsa de ativista com preguiça de estudar.

Aqui um trecho:

"Apesar de a força física não se mostrar mais um fator primordial como na época em que a agricultura era o maior setor econômico na maioria dos países, ou durante as épocas em que a indústria pesada ou a mineração dominavam as economias de diversas nações, atualmente ainda existem indústrias específicas em que uma força física considerável continua a ser exigida. Certamente é provável que mais homens do que mulheres trabalhem nessas áreas — e algumas delas oferecem empregos que pagam mais do que a média nacional. Enquanto as mulheres representam 74% do que o U.S. Census Bureau classifica como “trabalhadores de escritório e assemelhados”, menos de 5% de “operadores de equipamento de transporte” são do sexo feminino. Em outras palavras, é muito mais provável que as mulheres se sentem atrás de uma escrivaninha do que ao volante de um caminhão com dezoito rodas. As mulheres também representam menos de 4% dos trabalhadores nas áreas de “construção, extração e manutenção”. Também são menos de 3% dos trabalhadores na área de construção ou madeireiros, menos de 2% dos construtores de telhados ou pedreiros e menos de 1% dos mecânicos e técnicos que consertam veículos pesados e equipamentos móveis.

Essa distribuição ocupacional tem implicações econômicas evidentes, uma vez que os mineradores ganham quase o dobro da renda de auxiliares de escritório, quando ambos trabalham em período integral e o ano inteiro. Ainda existe um bônus pago a trabalhadores que fazem serviço físico pesado ou insalubre, que costuma se sobrepor ao trabalho que exige força física. Enquanto 54% da mão de obra são compostos de homens, o sexo masculino responde por 92% das mortes relacionadas com o trabalho."

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