domingo, 24 de janeiro de 2016

Reflexão sobre racismo: Contextos e bonecos

 Originalmente publicado no blog Bule Voador.


Bonecos da empresa Paladone
 
Uma empresa britânica confeccionou bonecos com penteados de variados estilos, todos eles projetados para limpar louça. São personagens masculinos e femininos que apresentam diferentes características, algumas relacionadas à cor da pele e à cultura pop de décadas atrás. Se consultarmos a linha completa do fabricante, encontraremos a representação de mulheres e homens, brancos e negros, rainhas e membros da guarda real inglesa, e também dançarinos de discotecas, cada qual inserido em seu estilo peculiar. Porém, quando telespectadores do programa Big Brother Brasil 16 flagraram o boneco negro, de penteado black power, exibido na cozinha como utensílio de limpeza que desempenharia a mesma função que uma “bucha de prato”, milhares de pessoas entenderam que aquele momento se configurou como racismo, em mais um dos lamentáveis episódios desse problema em nosso país. Entretanto quando alegam que a imagem do boneco afro possui teor racista, o que exatamente querem dizer? Que o fabricante é racista? Que o consumidor é racista? Ou que, simplesmente, quem não viu maldade naquilo também é racista? A princípio, a hipótese de que a empresa responsável pela criação dos bonecos seja racista me parece um equívoco, pois se ela tivesse a finalidade de degradar os negros, certamente não encontraríamos referência a diferentes culturas musicais, incluindo black music e rock in roll, na linha de bonecos fabricados.

Como não tenho visto muitos argumentos sendo defendidos de modo pacífico, tentarei elaborar ideias equilibradas com base nos comentários que circularam nas redes sociais. Não simpatizo muito com a estratégia do binarismo em tudo o que ocorre no mundo (é ou não é racismo), mas, em nome da claridade de pensamento, talvez eu acabe fazendo isso em um momento ou outro.

Entendo o racismo como sendo discriminação baseada nas características fenotípicas de um indivíduo. Já a discriminação, entendo ser a crença de que determinada pessoa detém caracteres físicos, morais ou intelectuais que a colocam em uma situação de inferioridade.

Um argumento bastante utilizado pode ser posto da seguinte forma: Se a exposição do boneco deixa alguém desconfortável, trata-se de uma exposição racista. O boneco causou desconforto a alguém, logo, sua exposição é racista.

O que se segue é o seguinte: Como objeto manufaturado, concedo que o boneco tenha causado desconforto a algumas pessoas. Meu problema é com a primeira premissa. Afirmar que algo causa desconforto a alguém não estabelece as condições necessárias e suficientes para definirmos o racismo. Talvez, devo admitir, isso seja uma condição facilitadora porque o desgosto da pessoa negra sugere (mas não encerra o debate) que há algo de errado na exposição do boneco. Porém, defender que toda sensação de desgosto é sinônimo de discriminação é alargar, ou até mesmo banalizar, o conceito de discriminação. É por isso que não está em causa o direito de nos sentirmos ofendidos. O que está em causa é que, uma vez que uma pessoa se sinta ofendida diante do boneco, isso não estabelece, automaticamente, um caso de racismo. Para chegarmos a uma conclusão desse nível, precisaríamos de informações mais específicas e concretas além de “achei ofensivo” ou “eu não gostei”.

Pode ser estranho, e quem sabe até constrangedor, que alguém não goste da representação estética do cabelo black power ilustrado no boneco. Mas, ainda assim, tal manifestação poderia ser interpretada como um tipo de preferência para estilos de penteado, e não um juízo de valor contra a pele negra. Não existe equivalência entre uma predileção estética e um juízo de valor moral, que pode ser discriminatório ou não. De fato, esta é uma confusão recorrente que, com frequência, cometemos em reflexões apressadas.

Em outro caso, aqueles que aprovam a venda e o uso do boneco não devem ser considerados, automaticamente, racistas. Algumas pessoas poderiam destinar o uso do boneco de forma inofensiva, como decoração ou limpeza (a menos que considerem limpar a casa ou lavar a louça como uma prática desonrosa); outras fariam referências discriminatórias contra o cabelo afro, como se cabelo crespo, mais comum aos negros, fosse ruim, e cabelo liso, mais comum aos brancos, fosse bom. Ocorre, no entanto, que a alegação de “gosto pessoal para cabelos” nem sempre serve de informação para acusar alguém de estar sendo racista ou preconceituoso, caso contrário estaríamos diante de uma espécie de Minority Report: É acusatório na medida em que presume a culpa, e o faz com evidências parcas.
Mas não nego que contexto do boneco afro tem certa relevância para o debate. Só que importa pouco se o tomarmos de forma apressada e persecutória. Observe a seguinte pergunta: É razoável acusar João de racismo só porque ele não sente atração sexual por mulheres negras? A resposta é que precisamos, no mínimo, conceder que não desfrutar de sexo com mulheres negras seja algo que João tem em comum com os racistas. Entretanto, ele não se torna, compulsoriamente, racista por causa disso. Em casos assim, é necessário refletir antes de acusar João de racismo, porque i) não temos acesso aos estados mentais do que ele verdadeiramente sente ou pensa sobre sua atração física por mulheres; ii) se for para falhar em nosso julgamento, é preferível fazê-lo com generosidade interpretativa, e não existe nenhuma generosidade em apontar o dedo contra uma pessoa e acusá-la de ser preconceituosa, quando não temos as evidências capazes de suportar nossas acusações.

Entretanto, existe um cenário mais evidente e consensual de racismo em relação ao boneco: A alegação consciente de que cabelo black power é ruim e só serve para substituir o bombril. Assim, o que está em causa é que o boneco com um penteado black power acaba sendo usado, infelizmente, como um símbolo de racismo e discriminação contra negros, embora ele não tenha sido fabricado com este propósito. Isso porque interpretação de uma coisa não é igual a essa coisa. E se começarmos a impedir que qualquer coisa com interpretação dúbia seja tolhida a preocupação pela isonomia de direitos se perde num vácuo de autoritarismo.

Um cenário menos evidente é reconhecer que racismo nem sempre é intencional. É possível que pessoas sejam racistas e preconceituosas sem sequer perceber, ou sem más intenções. Por exemplo: vê-se com frequência, em dados estatísticos, que os brancos são mais profissionalmente capacitados que os negros; então, ao receber dois currículos idênticos de um candidato branco e um negro, a empresa, com base no que apontam essas estatísticas, resolve contratar o indivíduo branco. É defensável que, nessa situação, haja indícios de racismo não intencional, ou até intencional. Isso nos leva a um problema controverso que vem sendo muito estudado, chamado viés implícito, que significa que os membros de um grupo “oprimido” também são capazes de serem preconceituosos.

Pode ser o caso que tenha sido uma má escolha o uso do boneco em um programa televisivo. O que está em causa aqui é que racismo é um mal objetivo e tratá-lo com hipersensibilidade acusatória é ceder a uma estratégia que extrapola o conceito. É necessário reforçar que possibilidade não é certeza, e é prudente usar um freio quando a dúvida não dá margem segura para estabelecer confiança em certas acusações. Daí podemos concluir: existem poucos dados objetivos para acusar os fabricantes, ou os consumidores dos bonecos afro, de racistas. Também não é possível concluir que quem simpatizou com os bonecos seja racista. Por mais que uma parcela de pessoas de um grupo historicamente oprimido se sinta ofendido com o boneco (houve negros que gostaram), não significa que um apontar de dedo acusando os outros de racismo resolverá o problema.

Autores: Cícero Escobar e Ricardo Silas.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Os melhores filmes que eu vi em 2015

Como de praxe dos últimos anos, divulgo aqui minha lista dos filmes vistos com suas respectivas cotações. Em conjunto, segue a lista dos melhores filmes com estreias comercias em 2015. Neste ano, foram 251 filmes vistos. Isso equivale a cerca da metade do ano passado. Várias razões comutam para esse decréscimo; ainda assim, é uma quantidade razoável para um cinéfilo ainda em formação e para uma pessoa que tem outras obrigações diárias (um doutorado em curso, por exemplo). Segue a lista dos 10 melhores (em ordem crescente de preferência).



10.Mapa para as estrelas (David Cronenberg)

A acidez do Cronenberg ataca os superlativos da megalomania de Hollywood. Muitas de suas estrelas são detentoras de um brilho falso ou moralidade dúbia. Prato cheio para o cineasta.









9. Acima das nuvens (Olivier Assayas)

Assayas consegue extrair o melhor da recorrente apática Kristen Stewart, numa parceia com a ótima Julitte Binoche.








8. Divertida mente (Pete Docter)

Animação que não despreza intelectualmente seu público, não é apenas recheado de personagens "fofinhos" como também nos brinda ótimas reflexões sobre o papel da tristeza como sendo inevitável e até mesmo saudável.








7. 45 (Andrew Haigh)

Tocante e sensível história contada pelo Haigh. É como se o casal do filme (Charlotte Rampling está maravilhosa) conseguisse a proeza hercúlea de condensar todas nossas imperfeições e aspirações que rodam um longo relacionamento amoroso. 









6. Corrente do mal (David Robert Mitchell)

Hábil em usar um som estridente em uma história que, apesar de não original, é sagazmente conduzida. A velha receita de não explicar tudo parece ter sido bem entendida pelo Mitchell.



 5. Branco sai, preto fica (Ardiley Queirós)


Brasília: Só entra quem possui um passaporte exclusivo. Uma ficção distópica que não precisa de estrondosos efeitos especiais para mostrar a força do seu argumento.







 4. Que horas ela volta? (Anna Muylaert)

Embora simples, o conteúdo do filme de Muylaert (até então uma cineasta com filmes medianos e ruins) consegue condensar anos de um pensamento típico da classe média brasileira.









3. Mad Max - a estrada da fúria (George Miller)

Além da diversão com ritmo frenético, fica a mensagem: Que Hollywood tenha aprendido o recado para atualizar a qualidade de seus blockbusters. Ninguém deseja homogeneidade de filmes. Mas se for para escolher, que seja realizado mais produções tipo "Mad Max" do que tipo "Transformers".




2. Últimas conversas (Eduardo Coutinho)

Sensível até o último minuto, o calor humano nas entrevistas do Coutinho deixam uma marca já saudosa na cimatografia nacional. 

1. Carol (Todd Haynes)

Uma tímida obra-prima que nasce das mãos do Haynes. Serve não apenas como um documento histórico, mas também como um manifesto de amor.








Alguns outros filmes dignos de atenção: Amor, plástico e barulho; Coração de ferro; Casa grande; Sicario; Mia Madre; O Expresso do Amanhã; Ex Machina; Vício inerente; Cássia Eller e Ponte dos espiões.

Sobe os filmes nacionais, 2015 também foi um ótimo ano. Embora muitos ainda estão para estrear, e outros eu tenha perdido, não deixa de ser evidente a qualidade dos filmes. E isso fica evidente ao constatar que há 3 filmes nacionais na lista dos meus favoritos. Mas há outras produções dignas de atenção: Depois da Chuva, Amor Plástico e Barulho, Casa Grande e Cássia Eller. Apesar disso, justiça seja feita, algumas produções que não gostei: Ventos de Agosto, O senhor do labirinto e Permanência. Além disso, há inúmeras outras que ainda não pude checar, como:  Entre Abelhas, 
A História da Eternidade, A vida privada dos hipopótamos e A estrada 47. Isso tudo só mostra a diversidade dos filmes produzido nesses últimos anos, como já comentei aqui, aqui e aqui.


E a lista mais divertida é um tanto curta. Selecionei 3 filmes horrorosos deste ano (em ordem crescente de desgosto).

3. Chappie (Neill Blomkamp)

Ao término do filme ficou a pergunta: Será que o Blomkamp vai seguir o trágico caminho dos pequenos gênios que inciam a carreira de maneira maravilhosa (Distrito 9) e depois vai tombando sucessivamente a cada novo filme (Vide o M . Night Shyamalan)? Embora comentam as boas línguas que seu recente filme (A visita) traz de volta o melhor do cineasta -- ainda estou para ver). Triste é que Blomkamp assumirá a direção do novo filme da franquia Alien (por ora suspensa). Ou será sua redenção, ou ganhará o ódio infinito de uma geração de fanboys (o qual me incluo).


2. Cinquenta tons de cinza

Ouvi alguém dizendo outro dia: O único problema do filme é que ele começou.
Como todo filme ruim, há algo de pedagógico nele: O que não fazer com personagens para torná-los tão enfadonhos.


1. O exterminador do futuro - gênesis

Dizem ser uma obra de ficção-científica. Eu ri o filme todo.


Finalmente, segue a lista de todos os filmes vistos em 2015.


* péssimo
** regular
*** bom
**** ótimo
***** obra-prima
______________________________________________________________
1 O caso dos irmãos nave ****
2 Dossiê Jango ****
3 Tim Maia ***
4 Big Hero ***
5 Uma noite no museu 3 **
6 Carnaval No Fogo ***
7 A besta humana *****
8 O corintiano ***
9 Whiplash - em busca da perfeição ***
10 Além das nuvens *****
11 Irma Vep ****
12 Out-Takes from the Life of a Happy Man ****
13 O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy **
14 O grande hotel Budapeste ***
15 Amantes eternos ****
16 O passado ****
17 Ida ***
18 Livre ***
19 Amor, plástico e barulho ****
20 O impossível **
21 Eu matei minha mãe **
22 Apenas o fim ***
23 Tudo que Deus criou ***
24 O grande mestre ***
25 9 canções **
26 A teoria de tudo ***
27 O dia em que Dorival encarou a guarda ***
28 A casa elétrica **
29 Birdman - ou a improvável virtude da ignorância ***
30 Procurando Elly *****
31 Rastros de ódio *****
32 No tempo das diligências ****
33 Por um punhado de dólares ***
34 Coração de ferro ****
35 O jogo da imitação ***
36 O homem que matou Facínora *****
37 Eu Não Faço A Menor Ideia Do Que Eu To Fazendo Com A Minha Vida **
38 Europa 51 *****
39 50 tons de cinza *
40 O caso Mattei ***
41 Saw 0.5 **
42 Sobrenatural ***
43 30 anos esta noite *****
44 Sniper Americano ***
45 Depois da chuva ****
46 O nascimento de uma nação ****
47 The Girl and Her Trust  ***
48 The Musketeers of Pig Alley  **
49 Jardim Europa ***
50 Era Uma Vez no Oeste *****
51 Para sempre Alice ***
52 Mapa para as estrelas ****
53 Terra tranquila **
54 A entidade ***
55 A secretária ***
56 Violette ***
57 Um Punhado de Bravos ****
58 O sétimo filho *
59 O Intrépido General Custer ***
60 O ídolo do público ***
61 Heróis esquecidos ***
62 A lista **
63 Aquele querido mês de Agosto ****
64 Contos de Nova York  ***
65 Histórias reais ***
66 Spring Breakers - Garotas Perigosas ****
67 O Amor é Estranho ****
68 Museum Hours ****
69 Caçador **
70 Quarto vazio ***
71 Na hora dos morcegos **
72 Pele de concreto **
73 O corpo ***
74 Branco sai, preto fica *****
75 Eu sei que vou te amar ***
76 O senhor do labirinto **
77 Trash Humpers ***
78 Mar negro ***
79 Onde jaz o teu sorriso? ****
80 A minha avó ****
81 Apenas um dia **
82 Femmes femmes ****
83 Força maior ****
84 Noites brancas no píer ***
85 Amor bandido ****
86 Casa grande ****
87 O olhar invisível **
88 Dragões da violência ***
89 No decurso do tempo ****
90 A música de Gion ****
91 Tokyo Ga ****
92 Ventos de Agosto **
93 A letra escarlate ****
94 Desejos profanos ****
95 Oharu - a vida de uma cortesã *****
96 O estado das coisas ****
97 De volta ao quarto 666 ***
98 O intendente Sansho *****
99 Deste lado da ressureição **
100 Paris, Texas ****
101 Hotel das Américas ***
102 Os amantes crucificados ****
103 O desejo da minha alma ***
104 As Irmãs Brontë ***
105 Rendez-vous ***
106 Mad Max - a estrada da fúria ****
107 Um filme para Nick ****
108 Pina ***
109 O mundo segundo a Monsanto **
110 Outer space ***
111 L`arrivée **
112 Ballet 16 **
113 Nocturne ***
114 Shot - Countershort **
115 Porto das caixas ***
116 Arraial do cabo ***
117 Capitalismo - uma história de amor ***
118 Aruanda ****
119 Garganta profunda *
120 Psicose *****
121 Snuff - Vítimas do prazer ****
122 Permanência ****
123 Singularidades de uma rapariga Loura *****
124 Últimas conversas *****
125 Top girl ou a deformação profissional ****
126 Planeta fantástico ****
127 Bem perto de Buenos Aires ***
128 O lobo atrás da porta *****
129 Almas silenciosas **
130 Os Advogados Contra a Ditadura: Por uma questão de justiça ***
131 Cala a boca, Philip ***
132 Divertida mente ****
133  O Exterminador do Futuro: Gênesis **
134 A máscara de Satã ***
135 A Mulher Que Inventou o Amor ****
136 Lilian M: Relatório Confidencial  ****
137 Longe deste insensato mundo ***
138 Multiple Maniacs ****
139 War of the Satellites  **
140 Noite em chamas ***
141 Fuk Fuk à Brasileira **
142 A caça ****
143 Ana e os lobos ****
144 The playhouse **
145 Ainda estamos aqui ***
146 Trem das sombras ***
147 O que fazemos nas sombras ****
148 Pride ***
149 Até o vento tem medo ***
150 Veneno para as fadas ****
151 Phoenix ****
152 A hora final ****
153 O pagamento final *****
154 Fuga de Los Angeles ***
155 Enigma do poder ***
156 We are the best ***
157 O dia em que a Terra parou ****
158 É proibido fumar **
159 Minhas tardes com Margueritte **
160 Como era verde o meu vale ****
161 O expresso do amanhã ****
162 Bruno **
163 Problemas femininos ***
164 Meu ódio será tua herança ****
165 Corrente do mal ***
166 Memórias de um assassino *****
167 Willow Springs ***
168 Queimada! ****
169 Crônicas de um industrial ****
170 O hospedeiro ***
171 Re-animator ***
172 Tudo Vai Dar Certo ***
173 Hotel Rwanda ***
174 Tierra ***
175 Banho de sange ***
176 Going Clear Scientology and the Prison of Belief ***
177 Ex Machina ***
178 Cães Raivosos ***
179 Facismo ordinário ****
180 Premonição ***
181 O triunfo da vontade ***
182 Terror nas trevas ***
183 Um toque de pecado ****
184 Ser ou não ser ****
185 Assuntina das Américas ***
186 O tenente sedutor ****
187 Que horas ela volta? *****
188 Cássia Eller ****
189 Sicario ****
190 Black Mass ****
191 Missão impossível - nação secreta ***
192 À beira da loucura ***
193 A pele de Vênus ***
194 A memória que me contam ***
195 O que é isso companheiro ***
196 A lista de Schindler ****
197 Proibido! ****
198 O julgamento de Nuremberg ****
199 Perdido em Marte ***
200 Em busca da vida ****
201 Também somos humanos ****
202 A colina escarlate ***
203 Quem matou Rosemary? **
204 Anjo ****
205 A outra ****
206 O beijo amargo ****
207 Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios ****
208 A revolução dos Bichos  ****
209 Desafio do além ****
210 Calafrios ***
211 007 contra Spectre ***
212 Kingsman - serviço secreto ***
213 Clube de compras Dallas ***
214 Édipo Rei ****
215 Os sonhadores ***
216 Paixões que alucinam ****
217 Freaks ***
218 La Maison Ensorcelée  ****
219 La barba rebelde ***
220 Satán se divierte ***
221 Cinderella **
222 La Lune à un mètre ***
223 O homem com a cabeça de borracha ****
224 Vacas ***
225 Fome animal ***
226 Jogos Vorazes: A Esperança - O Final ***
227 Trash - náusea total **
228 A batalha de Argel ****
229 Agonia e Glória ****
230 Ponte dos Espiões ****
231 Eu fui a secretária de Hitler  ***
232 Darth marathon ***
233 The Adventures of Dollie ****
234 One week ***
235 A diary of a teenage girls ***
236 Redentor ***
237 Arquitetura da destruição ***
238 45 ****
239 O eterno judeu **
240 Ninotchka ****
241 Minha noite com ela  *****
242 A Padeira do Bairro ****
243 Chappie **
244 O cheiro da gente ***
245 The Village  ***
246 Quando o dia nasce ***
247 La sapienza ***
248 Carol *****
249 Marché aux boeufs  ***
250 The dancing skeleton ***
251 Mia Madre ****